Recessão: conceitos, história e atualidades.

A palavra “recessão” é frequentemente mencionada em notícias e discussões sobre economia. Recentemente, os rumores sobre esse fenômeno na economia têm ganhado força nos noticiários.

Mas o que realmente significa e quais são suas consequências para a economia?

Neste artigo, vamos explorar o conceito, como as maiores crises econômicas da história. Além disso, ressaltaremos os efeitos que esses períodos de declínio econômico têm na vida das pessoas.

Ao final do texto você terá uma compreensão mais aprofundada deste fenômeno econômico importante.

O que é uma recessão?

Recessão é um termo usado para descrever um período do ciclo econômico de declínio generalizado na atividade econômica de um país. O tempo pode variar de alguns meses ou até anos.

Embora as definições possam variar mundo afora, geralmente as definições tem em comum retrações na economia além de um cenário com alta inflação.  

Sendo assim, é normalmente caracterizado por uma queda no Produto Interno Bruto (PIB). Isto causa desemprego crescente, gera redução na renda das famílias bem como diminuição dos investimentos e redução do consumo.

O ciclo econômico

O ciclo econômico é uma sequência de flutuações na atividade econômica geral de um país. Ele é composto por quatro fases principais: expansão, pico, recessão e depressão. Vamos analisar cada uma dessas fases em detalhes.

Expansão:

A fase de expansão é caracterizada pelo crescimento econômico e aumento da atividade produtiva. Durante essa fase, a produção e o consumo de bens e serviços aumentam, ou seja, renda maior bem como diminuição do desemprego emprego.

Neste cenário, o mercado de trabalho se fortalece, e os investimentos em infraestrutura são intensificados, assim como em pesquisa e educação. Além disso, a confiança dos consumidores e dos empresários também aumenta, alimentando ainda mais a expansão econômica.

Pico:

O pico é o ponto máximo do ciclo econômico, onde a economia atinge seu nível mais alto de atividade. Nessa fase, a produção, o emprego e a renda estão no auge.

O pico de expansão pode ser insustentável a longo prazo, e os formuladores de políticas econômicas podem tomar medidas para conter o crescimento e evitar o superaquecimento da economia.

Recessão:

Após o pico, a economia entra na fase de recessão. Nesse período, a atividade econômica diminui, levando à queda na produção, no consumo e no investimento.

O desemprego aumenta, e os lucros das empresas caem. Desta forma, a contração do Produto Interno Bruto (PIB) por dois trimestres consecutivos geralmente caracteriza uma recessão.

Sendo assim, neste cenário, os governos podem implementar políticas de estímulo fiscal para reaquecer a economia e aliviar o impacto da desaceleração no emprego e na renda.

Depressão:

Por fim, se a situação de crise se aprofundar e persistir por um período prolongado, a economia pode entrar em depressão. Todavia, a depressão é mais rara e mais difícil de reverter do que uma recessão.

Sendo assim, a depressão é uma fase de declínio econômico severo, caracterizada por altas taxas de desemprego, baixa produção, queda acentuada dos preços e falências generalizadas de empresas.

As maiores recessões da história:

A Grande Depressão (1929-1939 foi a mais longa e profunda crise econômica do século XX, afetando a economia mundial, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

O colapso do mercado de ações em 1929 foi o estopim dessa crise, que se agravou com políticas que agravaram o cenário. Um exemplo desse tipo de política é a adoção de medidas de austeridade excessiva.

Ou seja, agravou a situação econômica, prolongou o sofrimento das pessoas além de levar a uma taxa de desemprego de quase 25% nos EUA.

Outro marco histórico de recessão foi a Crise do Petróleo (1973-1975). A crise foi desencadeada pela decisão dos países membros da OPEP de reduzir a produção de petróleo e aumentar os preços

Esta ação foi uma resposta ao apoio dos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kipur.

Por fim, a crise Financeira Global (2007-2009). Esta foi uma das piores recessões desde a Grande Depressão, afetando a economia mundial e causando colapsos de grandes instituições financeiras. A crise foi desencadeada sobretudo pela bolha do mercado imobiliário nos Estados Unidos e se seguiu para outros países, devido à interconexão dos mercados financeiros globais.

O que leva um país a entrar em recessão?

Vários fatores podem levar um país a entrar neste quadro crítico, incluindo choques externos (como guerras, desastres naturais bem como crises sanitárias internacionais).

Além disso, questões internas podem ser a causa (como bolhas de ativos, excesso de endividamento ou políticas de suicídio) bem como mudanças na economia (como a transição de uma economia baseada em indústria para uma baseada em serviços).

Todavia, recessões financeiras são fenômenos multifacetados. Sendo assim, exige-se análises minuciosas da economia, além de contar com uma capacidade de compreender as conexões dos diversos fatores causadores.

Impactos da recessão na vida das pessoas:

Desemprego: Um dos efeitos mais imediatos e visíveis da recessão é o aumento do desemprego, à medida que as empresas mostram a produção e cortam custos para enfrentar a queda na demanda.

Por consequência, há uma redução da renda e do consumo, ou seja, com menos empregos disponíveis, muitas pessoas enfrentam a redução da renda e, consequentemente, do consumo.

Isso pode levar a um círculo vicioso, já que a diminuição do consumo afeta a produção e o emprego, agravando ainda mais a situação.

Aumento da desigualdade social: crises econômicas agravam a desigualdade social, pois os grupos mais vulneráveis da sociedade são geralmente os mais afetados pelo desemprego bem como pela redução dos rendimentos.

Deterioração da saúde mental e física: A recessão pode levar a um aumento nos problemas de saúde mental e física, como estresse, ansiedade, depressão e doenças relacionadas ao estilo de vida.

Queda nos investimentos: Por fim, durante os períodos de decrescimento, tanto as empresas quanto os indivíduos tendem a reduzir os investimentos em projetos de longo prazo, como pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura e educação.

Isso pode ter consequências negativas duradouras para o crescimento econômico e a competitividade do país.

Em que situação atual no encontramos?

Antes de qualquer afirmação, é importante destacar que o objetivo deste blog não é oferecer previsões econômicas. Nosso trabalho se resume a trazer informações a respeito dos temas que nos dispomos a abordar. As informações a seguir foram retiradas da site do Fórum Econômico Mundial e podem ser verificadas no site: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/recessao-global-em-2023-e-provavel-mostra-pesquisa-fo-forum-economico-mundial/

Segundo pesquisa feita entre economistas-chefe do Fórum Econômico Mundial, 18% consideram “extremamente provável” uma recessão mundial em 2023. Em relação à pesquisa anterior, realizada em setembro de 2022, esta porcentagem representa mais do que o dobro.

Fatores com alta atual da inflação, baixo crescimento e o momento de alta fragmentação diminuem os incentivos para investimentos que ajudariam a retornar para um crescimento.

De agora em diante, nos cabe observar o cenário e tomar decisões financeiras mais conservadoras até que este cenário de incerteza seja revertido para um de crescimento.

Compreendendo conceitos, ciclos e história:

A recessão é um fenômeno econômico complexo e multifacetado. Podendo ter consequências profundas e duradouras na vida das pessoas e na economia de um país.

Compreender as causas e os impactos das recessões é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias individuais que possam mitigar seus efeitos negativos e promover a recuperação econômica sustentável.

Além do mais, entender o ciclo econômico as suas fases, como elas afetam a economia é fundamental para a tomada de decisões, tanto por formuladores de políticas públicas bem como por empresários e investidores.

Ao longo da história, as maiores recessões, oferecem lições importantes sobre os desafios e as oportunidades que surgem durante esses períodos de turbulência econômica.